Maridão talvez não consiga produzir post fresquinho pra essa blogagem, o moço tá com uma agenda difícil, viu! E o tempo livre (que esteve raro nas últimas semanas - o bichinho tá ralando mesmo...) acaba sendo todo dedicado pra curtir filhote, esposa (quando ela não está dando piti), amigos, cuidar da casa... Enfim, curtir a vida real. Mas, quem sabe, ainda role... daí eu posto mais tarde aqui, ok?
De todo modo, como achei essa ideia da blogagem MUITO LEGAL, afinal, é sempre bom ver a paternidade pelos olhos deles, são outros aprendizados de mãe, vou dar uma de espertinha e republicar um texto feito pelo paizão em resposta a um post meu, um pouco antes do Caio completar oito meses fora do barrigón. Um texto que mostra o outro lado da moeda, que foi um grande alerta, para mim, sobre a "difícil arte de saber compartilhar a maternidade"...
Com a palavra, o pai que se construía há pouco mais de dois anos atrás.
ENTRE A RAZÃO E O INSTINTO
Depois do nascimento, minha compreensão sobre o instinto humano e os cuidados com a cria se transformou completamente, mudando inclusive minha maneira de ver o mundo que me cerca e conseqüentemente a maneira de me inserir neste mundo. Toda esta mudança trouxe consigo os gostos e desgostos de uma nova fase, com novos compromissos, necessidades e demandas. Como diria um amigo: “Bem vindo ao mundo selvagem!”.
Os processos que ocasionaram estas mudanças em mim estão intimamente ligados à maneira como a vinda do Caio se deu e como lidamos com ele desde então. Desde o fato de na hora do parto segurar a Thaís pendurada em meu pescoço, mesmo tendo uma grave lesão na coluna, adquirida quinze dias antes, até ver meu filho nascer no boxe do nosso banheiro, em seguida conversar com ele para então decidir seu nome, dar o primeiro banho de sua vida, e daí por diante, passando por fraldas, trocas de roupas, banhos, acalentos e todos os outros tratos que biologicamente um homem pode prover seu filho.
Tenho convicção que várias das transformações que me ocorreram têm relação direta com uma interação maior com o instinto humano, ao mesmo tempo que reconheço em meu cotidiano uma forte racionalidade que constrói meus atos. Minha relação com o Caio é permeada pelo instinto e pela razão, já a relação da Thaís com ele é dominada pelo instinto, com lampejos de razão. Com todas as mudanças em nossas vidas o mais difícil está em reencontrar o equilíbrio que existia na relação entre eu e ela. Ao mesmo tempo em que ela é puro instinto, em determinados momentos seu comportamento chega a ser quase irracional, de tanto procurar emplacar uma “dita” racionalidade, como por exemplo na sua intenção de construir forçosamente uma rotina para o Caio e conseqüentemente para mim. Do instinto do choro, do acalento e da proteção, surge uma irredutível personalidade que institui a realidade ao seu entorno. Ufa!!! Como diz o ditado: “rapadura é doce mais não é mole não”.
10 comentários - clique aqui para comentar:
Haha, até nosso texto de abertura foi parecido. Mas, pense bem, foi por uma boa causa que os maridos não participaram "ao vivo" e sim no velho golpe da reblogagem.
Legal darmos esse espaço pra eles, que tantas vezes se sentem coadjuvantes.
Beijos, beijos
Adorei!!!
Como é verdade tudo o que o paizão diz...
Lívia.
Muito legal! Já ouvi muito esse papo de vida selvagem e é mesmo. Mas é boooooom que até dói!
Super bjo,
Camila
www.mamaetaocupada.blogspot.com
Legal ler o lado deles. É um chamado pra realidade quando a gente tá viajando muito nas neuras.
Bjs
Priscilla
Adorei, Thais! Muito, muito legal a reflexão dele.
beijos, beijos
Muito legal conhecer a percepção dos maridinhos sobre a paternidade. Ótimo texto!
Beijos, Ananda.
http://projetodemae.wordpress.com/
Mto legal.
Excelente post do papai!
Parabéns pela super família.
Cheguei aqui por tbém participar da blogagem...rs
Super beijo
=o)
Que bacana esse texto Thais! Realmente nossas ações oscilam entre razão e instinto, um pouco mais para cada lado conforme o perfil de cada um. E acho até que meu marido se identificaria com esse texto também... principalmente o trecho "o mais difícil está em reencontrar o equilíbrio que existia na relação entre eu e ela. Ao mesmo tempo em que ela é puro instinto, em determinados momentos seu comportamento chega a ser quase irracional, de tanto procurar emplacar uma “dita” racionalidade"... É bem isso mesmo.
beijos
Muito bom!
Eu me pego tentando ver o mundo com os olhos do pai muitas vezes.
deve ser lindo ver o filho nascer de fora...
é mesmo um mundo selvagem!!!
bjos
Que lindo texto, realidade pura, muito gostose de ler. Adorei!
Bjos para essa linda família!
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