Dei mamá logo que ele acordou, e lá fui eu. A parte da manhã até que foi tranquila, afinal, há duas semanas já temos ficado separados neste período do dia. O problema começou quando chegou a hora do almoço: meus peitos já estavam bombando, pois era hora do pequeno mamar... Fui ficando meio angustiada, uma sensação estranha que misturava ansiedade e inquietação - eu pretendia voltar logo depois do almoço, mas por prudência profissional resolvi ficar, não sem antes me pendurar no celular para deixar tudo encaminhado com o super papai e a super vovó em casa, já que, além de tudo, tínhamos consulta com a pediatra à tarde.
Nessa altura, comecei a achar que um dos peitones ia dar bandeira e vazar no meio da reunião (maldita inexperiência, eu bem que podia ter levado a bombinha pra tirar um pouco de leite...), e isso foi me deixando ainda mais esquisita. Resolvi ir ao banheiro um pouco antes da reunião se iniciar, para tentar ordenhar um pouco com a mão, e, de fato, foi um grande alívio, que me permitiu ficar mais algumas horas na atividade (mas que foi esquisito, foi, ficar dentro de uma cabininha de banheiro ordenhando o peitão... afe!). Mesmo assim, eu sabia que minha presença ali tinha um prazo de validade, determinado pelos peitões, que me davam a sensação de estarem inflando numa velocidade alucinante, e, pior, eu achava que todos estavam percebendo que eu estava ficando deformada, com um peito maior que o outro... Rá!
Enfim, chegou uma hora que não deu mais pra aguentar: além dos peitones, tinha aquela ansiedade, uma pressa de chegar logo em casa, pegar o filhote e botar pra mamar... Pedi para o Marcelo, que tinha ido comigo, voltar dirigindo, e vim embora rezando pro leite não empedrar. Cheguei em casa e nem guardei o carro na garagem, eu queria logo pegar o Caio, abraçar, beijar, espremer, fazer cosquinha... e, principalmente, "plugar" ele no meu peito (como bem definiu a Flávia)! Só que o bichinho estava dormindo!! Fui até o quarto, peguei ele com cuidado, e em poucos segundos ele estava mamando, sem nem sequer abrir os olhos, tão naturalmente, como seu estivesse ao lado dele o dia todo. E eu me desabando a chorar, pensando sobre que sentimento maluco é esse que temos por nossos filhos, que saudade enlouquecida é essa que sentimos ao ficar algumas horas apenas longe deles...
Sei que, no fim, ele ficou super bem, curtiu o dia ao lado da vovó, enquanto eu passava mal de agonia longe dele. Foi um dia bem estranho, mais pra mim do que pra ele... Mãe é mãe, né...
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
UM DIA ESTRANHO
Hoje tive que ir à Piracicaba a trabalho e, pela primeira vez, fiquei mais de um período longe do Caio: foram dez horas sem o bichinho por perto, quase uma tortura!
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7 comentários - clique aqui para comentar:
Isso dos peitos inchando é pânico mesmo. Tudo que a gente quer é nosso bebê para esvaziar as peicholas. E como dói meu Deus...
Bom carnaval pra vocês!
Oi Thais! Obrigada, também, pela visita! Fiquei feliz em saber que vocês moram aqui pertinho. Fui muito prá São Carlos já! Minha avó morou aí durante 15 anos! Mas, mudando de assunto: acho que a gente tinha que amamentar os filhos até os 18. Melhor: até eles se casarem. Ou, quem, sabe, não parar de amamentar nunca! Beijo prá vc e um especial para o fofo do Caio!
Ai... gostei da ideia da Dani aí em cima, assim a gente não teria que se preocupar, até quando (?¿?¿?) Já que, com certeza absoluta não serei uma daquelas afortunadas mães que desmama de repente quando filho decide que já não quer mais mamar.
Mas, voltando a sensação essa de esquisitez super te entendo, o primeiro dia que fiquei 9 horas longe do filhote, não parava de pensar no quanto ele estaria sofrendo a minha ausencia e ao voltar, vi que quem sofreu mesmo fui eu.... E isso porque estou sempre tentando estimular a independencia do pequeno...
Bom carnaval pra você e um beijo grande.
Flavia
OI THAIS, AQUI É A FERNANDA IRMÃ DA JU E MÃE DA MARIA FLOR... TENHO ACOMPANHADO SEU BLOG DESDE A GRAVIDEZ E ME EMOCIONA MUITO SUAS EXPERIENCIAS E ME IDENTIFICO DEMAIS COM MUITAS DELAS FICA ENTÃO MEUS ABRAÇOS E BEIJINHIS E CARINHOS SEM TER FIM
A gente fica arrasada! Eles, tranqüilidade total! É assim mesmo, Thaís! Mas é maravilhoso, mesmo com muita agonia...
hahahaha...
Não sou nenhuma experta em blogs, mas posso te dar umas dicas.
1º vc tem que escolher a "cara nova" pro teu blog... A "cara" do blog, se chama TEMPLATE, e tem um montão de webs que oferecem diferentes templates para blogger.
Ex:
http://www.hongkiat.com/blog/40-free-beautiful-blogger-templates-part-iii/#more-3774
e neste link te explica como fazer pra trocar o template:
http://templatesparanovoblogger.blogspot.com/search/label/Como%20instalar%20templates
as vezes não funciona. Rá! dá umas mensagens de erro... por isso é importante ter a copia do teu antigo template. Tentei umas 3 vezes até conseguir... mas gostei do resultado e acho que aprendi (um pouco).
boa sorte e qualquer coisa me fala. ok?
beijo
Oi, Vi seu blog por acaso e me identifiquei de cara com seus textos, tanto que estou aqui chorando.
Tenho um filho de 11 meses e só fiquei separada dele por poucas horas... entendo perfeitamente sua aflição. Bjos e parabéns pelos textos!
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