Outra coisa muito bacana que rolou - hoje! - foi um encontro de parideiras e parideiros do interior (eu que tô chamando assim, rá!): na verdade, um encontro de mães, pais, bebês, crianças, casal grávido, doula, parteira e professora de yoga, todos envolvidos de alguma forma com um ideal de parto ativo e humanizado e, o melhor, moradores de São Carlos, onde vive nossa familinha.
Já contei outras vezes aqui sobre nossa opção de parir nosso filhote em casa, acompanhados de uma doula e uma parteira, pessoas queridas que passaram a fazer parte de nossa vida desde a gravidez (mas ainda pretendo "parir" o relato de parto antes de Caio completar um ano, prometo!). Também já escrevi sobre o quão fundamental foi, para mim, praticar yoga durante a gestação, com uma "professora" que me deu todo apoio na busca de informações sobre o parto ativo e humanizado. O encontro entre essas mulheres "sabidas" de parto, gravidez, cuidados com o bebê, maternidade etc, que me acompanharam na fase mais marcante de minha vida até hoje seria inevitável e foi acontecendo aos poucos. Mas há algum tempo nutríamos a vontade de juntar, além delas, os casais que elas acompanham, os que já pariram e os que ainda vão parir.
E hoje esse encontro finalmente aconteceu, e foi muito bacana sentir que há alguma coisa se mexendo nessa cidade em muitos aspectos conservadora, onde tantos casais e tantos bebês são privados de uma experiência tão incrível como o parto, na grande maioria das vezes sem razão real que o justifique. O trabalho de formiguinha que vem sendo feito aqui no sentido da humanização do parto parece estar ganhando força, e esse encontro foi a prova disso. Estiveram presentes, hoje, no sítio dos queridos Marcela, Marcelo e Sofia: eu, Dani e Caio; Magá e sua pequena Catarina; Andréia e suas duas filhotas; Vânia (doula) e seu filho Felipe; Jamile (parteira), com toda a família - a irmã Camila (estudante de enfermagem e doula), o marido Zé Augusto (médico) e os filhos Belinha e Guto; Katrina (professora de yoga); Giovano, Diana e filha; e o casal grávido Tatiana e Fernando.
Crianças correndo na grama, gritando e gargalhando, mães amamentando, bebês slingados, pais participativos, quitutes variados: foi uma manhã deliciosa de convívio, brincadeiras com bebês e crianças, trocas de experiências sobre partos normais domiciliares e hospitalares, sobre maternidade e sobre a relação pais-bebês. E para mim, em especial, uma oportunidade incrível de reviver e compartilhar com ouvintes especiais, um dia após Caio completar dez meses, toda a intensidade, o empoderamento e o encantamento que cercaram o nascimento de nosso filhote. Em poucas palavras, delícia pura.
Imagem: www.gettyimages.com.br
1 comentários - clique aqui para comentar:
Oi Thaís!
Eu lembro que existia esse movimento de parto humanizado quando morei em São Carlos. Tinha umas meninas da enfermagem que conheci que estavam se especializando em obstetrícia, foi aí que tive uma noção da história toda (apenas uma noção). É realmente um trabalho de formiguinha, pois acredito que a mentalidade que impera entre os profissionais de saúde no Brasil vai pelo lado oposto. Mas ainda bem que existem também profissionais de saúde para combater isso, ainda que num "trabalho de formiguinha".
O mais legal é que você além de levantar essa bandeira, realmente deu o exemplo através da experiência do parto do Caio.Falar é muito fácil, porém ir lá e fazer é outra história, e admiro muito você e o Dani por essa iniciativa. Sei que às vezes pode haver complicações durante o processo que pode tornar inviável o parto natural, porém acho que se deve sempre levar em consideração o bem estar de ambos: mãe e bebê.
Grande abraço!
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