Na
volta da viagem a Salvador, já entrando no terceiro trimestre, começamos a
pensar com mais detalhes sobre como queríamos - e poderíamos - fazer o parto. Apesar do parto domiciliar já me
passar pela cabeça, como disse, o parto hospitalar ainda era a primeira opção,
tanto por medo do marido, quanto pela questão financeira e, principalmente,
pelo fato de todos os profissionais que eu sabia que atendiam esse tipo de
parto no Estado serem da cidade de São Paulo (ou seja, teriam que viajar cerca
de 3hs até aqui).
Resolvemos
fazer uma visita à maternidade e à casa de saúde, os dois locais onde se
realizam partos na cidade. A visita à maternidade foi um pesadelo: o ambiente
hospitalar branco e frio, uma enfermeira despreparada e um discurso pronto de
apresentação do local para quem já está com a cesárea agendada. A todo tempo
precisávamos interromper e perguntar: “mas, e se for parto normal? Nós queremos
fazer parto normal!!” Muitas vezes ficamos sem resposta, ou apenas com um vago:
“se você conseguir normal, é um pouco diferente, mas não muito”. E só. Saímos
de lá emputecidos, chocados diante daquela apresentação de uma verdadeira
“linha de produção” de cesáreas eletivas.
A
visita à casa de saúde foi um pouco melhor (ou menos pior), já que o local era
pouco procurado, por não ter alguns equipamentos (como o cardiotoco) e não ter
a UTI neonatal, e o ambiente era um pouco mais acolhedor, com menos cara de
hospital (porque, além do pavor que sinto de hospital, por associá-lo
diretamente a doença, falta de saúde, procedimentos invasivos, funcionários
burocratizados, em geral o ambiente hospitalar é extremamente inóspito, e eu,
inclusive por ser arquiteta, acho que os espaços interferem diretamente nas
práticas e relações sociais: assim, se o espaço era melhor, se eu pudesse
escolher entre os dois ambientes, ficaria com a casa de saúde).
Só
que, como mencionei antes, a Dra. Carla daquela época (porque hoje ela é outra
médica, muito mais incrível: que o diga seu lindo blog, Parir é Natural) não
dispensava o cardiotoco, e a casa de saúde não tinha o equipamento. Buscamos
nos informar também sobre hospitais da região – Araraquara, Rio Claro e mesmo
Ribeirão. Sobre esta última cidade, ficamos sabendo que a situação era pior que
aqui; em Araraquara, a Gota de Leite, maternidade que desenvolvia um projeto
minimamente “humanizado”, havia sido fechada. Mas, através de uma amiga grávida
soubemos que o hospital da Unimed em Rio Claro tinha um quarto próximo a um PPP,
inclusive com uma cama que permitia partos na vertical. Sondamos a
possibilidade de termos nosso filho lá, atendidos pela Dra. Carla, mas isso não
era possível devido a burocracias da Unimed. Ou seja, o cerco estava se fechando,
o terceiro trimestre avançava e eu ainda não sabia onde parir.
Nesse
meio tempo, um casal de amigos teve um parto domiciliar em Campinas e o maravilhamento
deles quando fomos visitá-los, o desejo de falar do parto, de compartilhar o
que tinham vivenciado conosco nos tocou profundamente. Era muito diferente de
tudo que havíamos acompanhado nos partos de amigos até então, nunca ninguém
tinha nos falado da experiência do parto daquela forma. Depois, tivemos a
oportunidade de assistir ao vídeo do parto desse casal, e ficamos encantados.
Era daquela forma que queríamos que nosso filho nascesse, com certeza, e aquilo
já não parecia tão distante e absurdo, não era coisa de filme gringo, tinha
acontecido com “gente como a gente”.
Além
disso, eu, viciada que estava em relatos de parto, comecei a buscar mais e mais
relatos de partos domiciliares (sempre eram os que mais me emocionavam!), até
que encontrei um que foi decisivo na nossa escolha: o relato da médica GO Cátia Chuba, de seu VBAC domiciliar. Nesse relato ela enfatizava muito o processo de
tomada de decisão dela e, principalmente, do marido: foi a gota d´água para que
Dani embarcasse na ideia comigo, e começássemos a pensar mais seriamente na
possibilidade de ter nosso bebê em casa.
Assim,
a reta final foi se aproximando e o desejo de ter nosso filho em casa foi crescendo.
Mas ainda tínhamos dois problemas para resolver: com quem fazer o parto, já que
havíamos sondado a Dra Carla e ela disse que não toparia fazer em casa (hoje em
dia ela faz!), e como viabilizar recursos para isso, já que nossa grana estava
bem curta e as notícias dos custos do parto domiciliar daquele casal de amigos
estava totalmente fora do nosso alcance (eles fizeram com GO e neonato, além da
doula). A Vânia foi fundamental nesse momento: ela nos encorajou, dizendo que com
uma parteira o custo seria menor e que certamente seria possível negociar
valores e condições de pagamento, nos passando contatos e nos informando também
sobre a Jamile, enfermeira obstetra da cidade que, ao que tudo indicava,
começaria a fazer partos domiciliares na região.
Fiz
um primeiro contato com a Dra. Betina, médica que tinha realizado o parto daquele
casal de amigos, e ela foi super receptiva, mas teríamos que fazer algumas
consultas em SP e, com a barriga que eu estava, me desanimei um pouco. Também
fiz contato com a pediatra Ana Paula Caldas, pra saber sobre o parto domiciliar
dela e obter o contato da parteira Vilma Nishi, e ela também me encorajou
muito. Por fim, entrei em contato com Vilma, que também foi muito atenciosa,
mas disse que estava com muitos partos no mesmo período do meu, e não gostaria
de arriscar. Mas aí ela me disse que estava sabendo de uma parteira daqui, que
estava decidida a fazer partos domiciliares, a Jamile! Falamos com Vânia, que
confirmou a notícia, dizendo inclusive que Jamile já estava com um PD
programado em Ribeirão Preto. Foi a melhor notícia do dia!
Assim,
nossos contatos com Jamile começaram na segunda quinzena de fevereiro. Apesar dela ainda não
ter realizado nenhum parto domiciliar até então (o primeiro estava previsto
para pouco antes do meu), ela tinha uma vasta experiência em acompanhamento de
partos normais (tinha sido enfermeira-chefe da maternidade), nós tivemos muita
empatia com ela logo de cara, os valores cabiam no nosso bolso (e ela foi super
maleável conosco) e, o melhor, ela era de São Carlos, poderíamos nos encontrar
com tranquilidade até a data do parto. Alguns encontros depois e estávamos definitivamente
decididos pelo Parto Domiciliar.
Essa
decisão só se reforçou quando ocorreu o segundo episódio que poderia ter me
tirado do caminho do parto que eu desejava. Eu estava com a defesa do mestrado
marcada para 26 de março (quando eu completaria 37 semanas!), e teria uma
consulta com Dra. Carla no dia 28. Entretanto, uma paciente havia parido e, com
isso, um horário havia liberado no dia 25 de manhã, e minha consulta foi
reagendada. Mal sabia eu o que me esperava para aquele dia!
Durante
o exame de rotina, Dra. Carla fez um exame de toque e, sem me consultar,
realizou um descolamento de membranas, para “incentivar” o trabalho de parto,
dando início à dilatação. Na hora fiquei meio passada, não entendi o que tinha
acontecido, mas depois, conversando com Dani e com Vânia, fiquei muito brava,
pois, além de ser uma intervenção desnecessária, comecei a sentir contrações
diferentes das que vinha tendo até então, um pouco mais doloridas, e eu estava
às vésperas da minha defesa de mestrado! Além disso, achei um absurdo ela ter
feito isso sem me consultar, sem nem sequer perguntar se eu queria, sem nem
sequer me informar que ia fazer. Simplesmente foi lá, e fez.
Em
seguida, ao auscultar os batimentos do bebê, ela percebeu alguma alteração e
ficou um pouco apreensiva. Como eu estava às voltas com a apresentação para a
defesa, e fui para a consulta com o estômago um pouco vazio (era perto da hora
do almoço), ela me pediu para comer algo e ir até a maternidade para realizar
uma cardiotocografia, para termos certeza de que tudo estava bem. Fiquei muito
angustiada, em primeiro lugar pelo bebê e, em segundo, pois diversas amigas que
pretendiam ter parto normal acabaram em cesáreas justamente após esse bendito
exame. “Sofrimento fetal”, o diagnóstico fatal.
Eu
e Dani saímos tensos do consultório, passamos numa lanchonete pra comer algo e
seguimos pra maternidade. Fui encaminhada para um quarto, e uma enfermeira me
conectou ao cardiotoco. Três pessoas diferentes (2 enfermeiras e um médico)
vieram monitorar o aparelho, e cada uma delas falava uma coisa sobre os
resultados. Após um tempo, uma das enfermeiras veio e deu aquela terrível
buzinada na minha barriga. Depois de um tempo, o médico veio e, não confiando
no exame da enfermeira, deu mais uma buzinada e, depois, outra ainda. Meu bebê,
coitado, imagine o susto que não levou... 3 buzinadas de uma vez!!!
Mas
o pior ainda estava por vir: o médico olhou o exame, disse que o bebê tinha
tido uma leve alteração nos batimentos, mas nada significativo. Fiquei bem aliviada.
Só que a enfermeira que veio me liberar e entrar em contato com a Dra. Carla,
já tinha uma opinião diferente, de que as coisas não estavam tão bem. Ela me
disse que tinha falado com a Dra., e que era pra eu ficar internada pra fazer
um ultrassom. Entrei em pânico: me internar naquele hospital, sem falar
diretamente com minha médica, com 37 semanas de gravidez, às vésperas da minha
defesa? Olhei para o Dani, e nem precisei dizer nada: ele, até que elegantemente
para os seus padrões (rá!), disse à enfermeira que não iríamos internar, que
iríamos sair, almoçar, falar com nossa médica e, se fosse o caso, voltaríamos
após o almoço (até porque ninguém merece almoço de hospital!!).
Dani
foi fundamental nesse momento, me acalmou demais. Eu liguei para a doula, que
também foi perfeita, ao me dizer: “Thaís, o que você está sentindo? O bebê está
mexendo? Você está se sentindo bem? Você sente que o bebê está bem? Vai
almoçar, se acalme, e tente falar com a Jamile, ela sim pode fazer uma
avaliação profissional da situação”. Foi exatamente o que fiz. Almoçamos num
lugar legal, me acalmei, liguei pra Jamile, que foi incrível: se dispôs a ir
até minha casa olhar o resultado do exame, para me dar um parecer mais concreto.
A essa altura a preparação da apresentação para a defesa do mestrado já tinha
ido pro saco, e eu já começava a ter a dimensão da transformação que a
maternidade traria para minha vida. Primeiro o bem estar do meu filho, depois
todo o resto.
Logo
depois do almoço Jamile foi até minha casa, me examinou, analisou o resultado
do exame e me tranquilizou, dizendo que o cardiotoco é um equipamento muito
controverso, que dá muito falso positivo. E, mais: feito da forma que foi, com
3 buzinadas consecutivas, o resultado se tornava menos confiável ainda. Ela
interpretou o pedido de internação da Dra. Carla como uma tentativa de
averiguar rapidamente a situação, através de um ultrassom, já que, se eu fosse
realizar fora da maternidade, dificilmente conseguiria agendar para o mesmo
dia, a menos que a Dra Carla conversasse em alguma clínica.
Ela
estava certa: quando finalmente consegui falar com a Dra. Carla, ela confirmou
que a ideia era essa, que sem o pedido de internação eu não conseguiria
realizar a ultra. Perguntei se ela não poderia interceder em alguma clínica e
ela disse que não, mas que ela considerava imprescindível que eu realizasse um
ultrassom naquele dia, fosse na clínica ou na maternidade. Liguei na
maternidade pra saber se eu ainda conseguiria fazer lá, caso me internasse, e soube
que eu teria que passar a noite lá, para fazer a ultra no dia seguinte. Nas
clínicas, nenhum horário.
E
mais uma vez Jamile entrou em cena: disse que, apesar de considerar que estava
tudo bem, eu deveria fazer o ultrassom para poder ir tranquila para a defesa.
Ela ligou pessoalmente numa clínica, intercedendo por mim, e acabou conseguindo
a consulta para o fim daquele dia. Bom, pra encurtar a história, já que esse
relato tá parecendo um livro, desencanei da apresentação pra defesa (decidi
fazer na cara e na coragem, sem powerpoint e o escambau), fiz a ultra quase
nove horas da noite e, CLARO, estava tudo ÓTIMO comigo e com o bebê. Tudo na
mais santa paz. UFA, de novo.
Mestrado
defendido com louvor, contrações e piadinhas da banca (que, thanks god, era
toda composta de mulheres e todas mães!), e no fim da semana fizemos aquela que
seria a última consulta com a Dra. Carla. Logo de cara coloquei minhas questões
quanto àquela intervenção e ela, super atenciosa como sempre, me ouviu
atentamente, disse que nunca havia ocorrido a ela perguntar à paciente antes,
já que ela considerava aquilo uma “intervenção de rotina” para a parturiente
que desejava parto normal, pois “aceleraria” o TP, e se desculpou ao final.
Além disso, nessa consulta ela me perguntou se eu queria que fizesse um novo
toque, para verificar a dilatação, eu disse que não, e ela respeitou.
Também
conversamos sobre a confusão do cardiotoco e, ao ver o exame (que até então ela
não tinha visto, só ouvido falar pela enfermeira da maternidade) ela chegou à
mesma conclusão que a Jamile, com um adendo de que eu tinha “dado azar” de
pegar uma equipe ruim na maternidade, porque existiriam outros profissionais
melhores lá, e ela tinha ficado desconfiada do resultado também por conta disso
(já pensou parir lá e dar esse “azar”? Nem morta). Mas, novamente, me fazendo
rever todos os meus conceitos sobre a suposta onipotência médica, ela me pediu
desculpas, disse que estava numa semana atribulada, e que tinha havido uma
falha em nossa comunicação, que ela poderia ter deixado as coisas mais claras
para mim, de modo que eu não me assustasse com o pedido de internação, e mesmo
pudesse optar por ir fazer a ultra em outro lugar. Achei essa atitude dela fantástica.
Nessa
mesma consulta, ela ainda ponderou, dizendo que nossas expectativas em relação
ao parto eram altas, e que ela sabia das limitações da maternidade daqui (e que
todo esse ocorrido era apenas uma amostra da situação). Disse também que ela,
como médica, nessas condições, não conseguiria nos dar o parto que tanto
desejávamos, e sugeriu que devíamos fazer mesmo com a Jamile, que ela confiava
nela de olhos fechados, que certamente não teríamos problema. Mas, pra fechar
com chave de ouro, ainda se colocou à disposição para ficar na retaguarda, caso
precisássemos ir para a maternidade. Fiquei muito feliz com esse desfecho, e
tive certeza de que tinha escolhido a médica certa, apesar dos percalços que
tivemos no caminho.
Depois
dessa história toda, eu já estava entrando na 38ª semana, me encontrando e/ou
conversando por telefone frequentemente com Jamile e com Vânia, continuando
minhas práticas de yoga e hidroginástica, e finalizando todos os preparativos
para a chegada do bebê. Nessa reta final, fizemos - eu, Dani e Vânia - uma
oficina com Katrina, minha professora de yoga, para conhecer e experimentar posições de
alívio para o TP, e isso foi bem legal para irmos “entrando no clima” (em
especial para Dani sacar a importância do seu papel na hora do TP) e também
para nos sintonizarmos ainda mais com a doula.
Desde
que havíamos tomado a decisão, vínhamos tentando conversar sobre parto
domiciliar com pessoas de nossas famílias e com amigos, mas a receptividade
sempre era muito ruim, e acabamos decidindo não contar a ninguém sobre nossa
escolha: somente quem sabia, além dos envolvidos diretamente, eram nossa GO,
minha homeopata (que já havia me receitado gotinhas PPP – rá! - que foram fundamentais!!), a Rosa (minha
amiga e prima do Dani) e a Ana, a amiga que tinha tido o PD em Campinas. Se,
por um lado, isso era um pouco angustiante, por outro, não queríamos
interferências indesejadas, palpites e energia negativa sobre nossa decisão.
A
partir de então, passei a ter aquela sensação de que o trabalho de parto
poderia se iniciar a qualquer momento, mas nem tive tempo de ficar ansiosa com
isso...
9 comentários - clique aqui para comentar:
Thaís, a partir daqui tudo bem diferente de mim. hahaha
É que eu comecei a namorar o PD já no primeiro trimestre, no ínicio do segundo já comecei consulta com parteiras. Nunca fui nem conhecer maternidade.
Admiro muito quem consegue mudar tudo assim, na reta final. E quando a gente quer mesmo, a sorte fica do nosso lado, né? Afinal, a Jamile começar a fazer PD justamente naquele momento, foi perfeito!
Lendo os procedimentos da Dra. Carla, que eu acompanho pelo blog, fiquei também um pouquinho mais esperançosa de atrair novos profissionais, apesar do Cremesp... Ô dureza!
Flor, estou adorando conhecer sua história. A parte 3 vem amanhã?
E depois ainda tem o parto do Nuno, né? Eba! Post bom que não acaba mais!!!
Beijoca, flor!
thais,
li a abertura, e as duas primeiras partes numa sentada só e estou muito curiosa com o que está por vir.
adoro ler relatos e este está com gostinho especial de muita sorte, sua decisão dá sinais de mudanças em várias pessoas ao redor...
beijoca
mari
viciadosemcolo.blogspt.com
Oi Thais, passei pra conhecer o blog, e já tô achando fantátisco! Realmente é difícil conseguir PD, por tudo que envolve, e tbm contar com o apoio das pessoas que estão ao nosso redor!
Aqui, esse tipo de parto ainda é muito raro, por ser "desconhecido" das pessoas.
Eu tive PN, e muiiita gente, muita gente mesmo, me chamava de louca acredita? Que eu deveria fazer uma cesárea, porque era melhor!
Vou voltar aqui pra saber o desfecho dessa história linda!
Te linkei viu!
Bjs
Thaís, que demais.
Foi por causa deste exame (cardiotocografia) que a Ciça nasceu no dia 21 de fevereiro e não no dia 25, 28, 29 (ops!).
Tá, eu era medrosa e burrinha, queria cesárea, mas eu queria entrar em TP. O exame não deixou.
E seu relato só me fez ter a certeza de que, se a Clarice ficasse mais duas semanas na barriga, eu teria tido um TP. A gente já estava indo por este caminho, principalmente quando, na 37a. semana ela ficou cefálica. Foi uma pena eu não ter encontrado um bom acompanhamento com GOs em BSB, mesmo a "humanizada" que faz PD foi bem escrota comigo, para dizer o mínimo. E, no dia que entrei em TP, estava indo conhecer a terceira parteira (duas tinham recusado) para o PD. Mas a bolsa estourou e a GO, embora gente boa, disse que não esperaria mais de 12h para começar o TP. E lá fui eu para a acupuntura para acelerar. E o acupunturista errou em estimular um lugar que não precisava, e Clarice era pequena demais e deitou. Enfim, uma série de errinhos que seriam evitados se eu tivesse a tranquilidade de ficar em casa e esperar pelo meu tempo.
E não pretendo ter um terceiro filho só para parir, ou seja, não vou mais vivenciar isso. Por isso me emociono com estes relatos de vcs.
Beijos
Adorando o relato! *.*
Tha, que legal ler seu relato!
Vou me lembrando de tudo junto com vc, porque, apesar da nossa proximidade, toda essa sua decisão pelo parto natural não era muito clara pra mim... realmente, eu devia fazer parte dos (99,9% de) amigos "hostis" ao PD!
Mas, me lembro bem da sua aflição na véspera da defesa, embora não soubesse que a Jamile já estava na jogada!
Me lembro que tudo o que acontecia com vc na gravidez do Caio me instigava, mas ainda era tudo muito estranho!
Incrível a firmeza de vcs pra enfrentar o sogro médico, que além de médico é duro na queda. Já não bastassem as dificuldades "operacionais", a desconfiança da família e dos amigos é de matar... mas, ainda bem que a gente muda, amadurece, entende.
Cada mulher que deseja um parto natural tem uma trajetória para conquistá-lo e, na minha, vc teve um papel fundamental, vc sabe disso.
Beijo grande!
Tô seo fôlego aqui! Quantos percalços que poderiam ter mudado o rumo dessa história... E que bom que uma série de outros contribuíram para que o caminho fosse aquele que vcs ecolheram!
Parte 3, parte 3!
bjos!
Eu tb sabia do PD!!!!! Td bem que fiquei sabendo só meio de véspera, né... nao confiou hein.... Mas tb to adorando ler tudo com tantos detalhes! E vejo como meu caminho já foi beeeeeem mais fácil e tranquilo desde o inicio! E vc tambem me ajudou muito para que fosse assim!
bjs!
PS - Tb tive que fazer o cardiotoco muuitas vezes durante as 24 hs de bolsa rota com 34 sem., mas sem NENHUM stress nem meu nem da equipe da maternidade... e sem buzina! (coisa estranha! rs)
Ahhh, coloca a parte 3 hoje, vai!!!!
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