segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

GOLPE BAIXO



A mãe atravessou a rua com o filho de uns três anos [eu acho, porque até agora só sei identificar no olho a idade de bebês pequenos como o Caio...]. Ela já estava cansada de carregar o menino. Na outra esquina, um carro de polícia. A mãe não teve dúvidas e falou, fingindo afobação: "Filho, vai pro chão, desce do colo, que se a polícia ver [sic] você no colo eles levam a mamãe!" E foi colocando apressadamente no chão o filho, que a olhava visivelmente angustiado. Então, depois de dado o golpe, tentou amenizar: "Aproveita que você tá no chão e vai chutando sua bolinha até o carro, filho".

Fiquei chocada com a cena! Ok, a mãe estava cansada. Mas achei um absurdo ela recorrer a um golpe baixo desse para convencer uma criança. Eu acredito que com carinho, paciência e criatividade é possível estabelecer uma relação bem mais honesta com um filho. Mas sempre vai ter alguém pra me dizer que eu penso isso só porque meu filho ainda tem 9 meses, "espera ele crescer um pouquinho para você ver!" Sai pra lá urubu!!!

Imagem: http://www.gettyimages.com.br/

domingo, 25 de janeiro de 2009

PARA LEMBRAR SEMPRE


"É preciso deixar a vida infantil livre e não encerrá-la no tédio. Deixe a criança correr, fazer barulho, brincar, dormir quando quiser. Respeite seu direito de experimentar a própria vida e conquistar o mundo, da sua maneira."


(Janusz Korczak, educador polonês)

sábado, 24 de janeiro de 2009

BOAS VINDAS



Para quem ainda não sabe, nasceu nossa sobrinha, Maria Paula, uma gorduchinha gostosa, cabeluda e branquinha, uma princesa!
Nós estamos muito felizes, doidos para conhecer a bichinha, que está longe, lá em Brasília...


Que essa criança linda seja benvinda à esse mundão, trazendo muita alegria para nossa família! E o Caio não vê a hora de brincar muuuuito com a priminha que vai ser quase da idade dele, eba!

E aqui vão nossas boas vindas*:

Sua mãe e eu
Seu irmão e eu
E a mãe do seu irmão
Minha mãe e eu
Meus irmãos e eu
E os pais da sua mãe
E a irmã da sua mãe
Lhe damos as boas-vindas
Boas-vindas, boas-vindas
Venha conhecer a vida
Eu digo que ela é gostosa
Tem o sol e tem a lua
Tem o medo e tem a rosa
Eu digo que ela é gostosa
Tem a noite e tem o dia
A poesia e tem a prosa
Eu digo que ela é gostosa
Tem a morte e tem o amor
E tem o mote e tem a glosa
Eu digo que ela é gostosa
Eu digo que ela é gostosa
Sua mãe e eu
Seu irmão e eu
E o irmão da sua mãe

* música Boas Vindas, de Caetano.

Imagem: www.gettyimages.com.br

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

E QUANDO O PAPAI VIAJA...


E então ele foi e eu fiquei. Nós ficamos, porque "eu", assim, avulso, é algo um pouco distante da minha vida no momento. Depois de séééculos sem irmos pra Sampa, Dani está lá sozinho - e bancado, o mardito - a pretexto de trabalho... Rá! O fato é que o danado tá todo serelepe desde que começou a trabalhar com cultura digital, só viajando por esse brasilzão de meu deus: Brasília, Manaus, agora Sampa, e até me apresentou uma listinha de outras saidelas já programadas - E BANCADAS - até 2010! Posso com isso?

Tá. E como eu fico, se não temos babá nem escolinha (ainda)? Como faço para continuar trabalhando, comendo, tomando banho e otras cositas más??? É aí que entra em cena a super-vovó: aquela figura que pára tudo, larga todos e vem correndo passar uns dias paparicando o netinho (e a mamãe aqui também, ufa!). Não sei o que faríamos sem ela: eu não sobreviveria às viagens do Dani, e, consequentemente, ele não poderia mais viajar. Então, que nós dois acabamos ficando meio dependentes da vovó materna: bastou a coisa apertar por aqui, que a gente grita. E ela atende, o que é melhor! Vem cheia de mimos, comidinhas, docinhos (pula essa parte!), incorpora sua versão Amélia (que eu não conhecia, só fui descobrir depois que virei mãe, quando ela veio ficar os primeiros dias do Caio comigo e até geladeira limpou, afe!), e bota pra dar papinha, trocar fralda, dar banho, brincar, passear e, principalmente (e essa parte me traz problemas quando ela se vai), dar muuuuuito colo para o netão, que retribui com mil e uma estripulias, risadinhas, palminhas e até uns esboços de "fó-fó" (segundo ela disse, que isso eu ainda não vi... Rá!). Sem contar que, além de tudo, ainda faz almoço, janta, compras no sacolão, lava a louça e dá um trato na casa enquanto o bichinho dorme (não tô escravizando ninguém, não, ela que tem saracutico e não pára quieta um minuto!)... Enquanto isso, eu aproveito para tirar o atraso dos trabalhos - marco reuniões e mais reuniões - além de conseguir (aleluia!) dar um pulinho no salão de beleza para alguns tratinhos básicos que eu já estava quase esquecendo que existiam...

E isso porque ela nem mora na mesma cidade que nós, já pensou?

Daí que eu não consigo nem imaginar esse primeiro ano do Caio se ela não estivesse por perto. Então, só me resta agradecer, agradecer, agradecer: valeu, mãezona, por ser essa avó segura-as-pontas!!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

E 2008 SE FOI...


Pois é... 2008 se foi, e eu levei um tempo para digerir tudo o que ele me deixou, foi um ano de muitas transformações... Ano que comecei gravidíssima, enlouquecida para terminar meu mestrado antes do filhote resolver nascer, desafio que venci logo nos primeiros meses do ano, com um barrigão de responsa... Ano em que conquistamos - eu e Dani - o parto que julgamos mais digno e saudável para nosso pequeno (e para nós), no qual trabalhamos intensamente e em total sintonia - eu, Dani e Caio - e através do qual nasceu não apenas um filho, mas também uma mãe, um pai, uma família. Ano em que me tornei MÃE, com maiúscula, e descobri esse amor incondicional e imensurável que eu nem sabia que existia, esse sentimento que preencheu absolutamente todos os momentos de minha vida desde que Caio nasceu, e que, ao que tudo indica, vai seguir sendo assim por toda ela...

E agora me vejo nesse recomeço... 2009 chegando a todo vapor, Caio cada vez mais passando a descobrir o mundo com suas próprias pernas e eu procurando me reencontrar comigo mesma, retomando desafios profissionais, tateando brechas em que outros eus voltem a existir para além da MÃE que me tomou por completo em 2008... Quem sabe o que este ano nos reserva...