Nuno começou a comer frutinhas há uns quinze dias e seu cocô mudou totalmente. Ok, isso não é novidade pra ninguém, muito menos pra mães de segunda viagem como eu. O fato é que, quando fui trocar a primeira fralda com cocô pós-frutinhas, uma coisa louca aconteceu... o cheiro daquele cocô me despertou memórias tão intensas dos primeiros meses do Caio, daquela sensação de ser mãe de primeira, aprendendo tudo... chegou a doer o peito de saudade! E em seguida comecei a rir, pensando no misto entre poética e patética que era aquela situação, aquele sentimento. Proust reviraria no túmulo, mas o cocô do Nuno foi uma espécie de madeleine para mim. Será que doideira de mãe tem limite?
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Caio, outro dia, tomando banho dentro da piscininha. Eu do lado de fora do box. De repente escuto um "hehe" numa entonação de surpresa, seguido de um "epa". Curiosa, pergunto o que foi. E ele responde, totalmente surpreso e feliz:
- "Mamãe, fiz um pum na água e saiu umas bolhinhas!"
- "Você nunca tinha feito isso filho?"
- "Não. É legal, né?"
Pois é, nada como um filho pra fazer a gente se lembrar que tudo - TUDO - nessa vida tem uma primeira vez, é aprendizado. Até "peidar n'água pra fazer borbolha", como os desaforados de antigamente diziam.