domingo, 16 de maio de 2010

EU TÔ VOLTANDO...


Dou boa noite a quem é de boa noite, dou bom dia a quem é de bom dia... E, antes de tirar a cabeça pra fora d'água e não deixar este blog naufragar na inérica e na falta de acesso à internet, agradeço a todas que escreveram me cutucando e pedindo notícias! Saudades dos nossos intercâmbios digitais...

Pois é, minha gente, sobrevivi. O tempo de mudanças que se anunciava quando escrevi o último post foi realmente intenso, para o bem e para o mal: nesse longo período minha irmã teve um susto com a saúde, eu tive uma crise de pedra no rim, vivenciei uma situação difícil e dolorida envolvendo pessoas queridas, fiquei sem ajudante em casa (descobri que ela andava levando minhas coisas), nosso carro quebrou... afe, muita uruca. Esse mundo dos adultos por vezes me cansa... dá uma vontade de ser criança nessas horas....

Por outro lado, nossa casinha está uma delícia, cada vez mais ficando com a nossa cara; Caio está incrível, depois que fez dois anos parece que está cada vez mais tagarela e arteiro, está completamente desfraldado de dia e a caminho do desfralde noturno (assim que der conto sobre o processo aqui), super adaptado à nova escolinha, enchendo de alegria nossas vidas e me ajudando a passar por cima das situações chatas dos últimos tempos; e, pra completar o "lado azul da força", agora temos um novo companheiro na casa, o Tião, um dog alemão crianção fofíssimo que adotamos há uma semana, salvando o cachorrão das crueldades do dono anterior. Ô coisa boa.

Assim, sumi daqui um pouco por causa do caos da mudança, um pouco por que estava numa fase meio baixo-astral, com pouca vontade de escrever, e, acima de tudo, porque o bairro para onde mudamos ainda não tem rede de telefonia e internet (socorroooooo!!!) e estamos nos virando mal e porcamente com um 3G... De modos que (como dizia a minha avó), vou tentar ir voltando aos poucos, quero me atualizar nos blogs de vocês, mas vai ser num ritmo devagar e sempre...

Então é isso. Estamos vivos, felizes e mudados, em vários sentidos. E ansiosos por nos conectar novamente ao mundo digital. Obrigada pelo carinho, mulherada!!

E, pra terminar no clima em que tenho me sustentado nos últimos tempos, brindo vocês com um lindo poema*, que ganhei de uma amiga especialíssima nesse período:

Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas,
que já têm a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia:
e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre,
à margem de nós mesmos.

* esse poema circula por aí como sendo de Fernando Pessoa (inclusive no cartão da minha amiga); mas parece que é de autoria do professor de literatura Fernando Teixeira de Andrade. Se alguém souber a fonte correta, me informe, tá?